Seu rosto me lembra a floração das camélias Numa tarde desgostosa de primavera. Sem sol de poente sob pétalas, só sombras e,sal. Nebulosas pesando sobre a vida Seu mais cruel colorido Para morrer em segundos. Sem choro e cheiro.
...penso que a poesia é sempre mais dramática, pois as metáforas sempre ficam mais à mostra, as palavras buriladas em imagens muito mais agudas, menos pela pauperidade de formas do que pela urgência dos seus dizeres, assim aumentando o perigo de nos trairmos, já que penso que toda vez que a gente escreve se trai um pouco (e por isso entenda qualquer sentido de traição - descobri que, no final das contas, dá no mesmo). Interessante é que na tua poesia, assim como na tua prosa, que posso dizer que bem conheço, há essa beleza desnudada e meio maldita da flor, que desabrocha no esplendor de já saber que se morre, e que toda morte é melancólica - e necessariamente dramática: drama de vida, drama de escrita... Apenas o figo, invejoso por não ter sido flor, assim como a mariposa inveja a borboleta, brota pra dentro, e a beleza fica toda escondida como um câncer que nunca vem à tona, mas que apodrece do mesmo jeito. Desabroche, pois, em versos ou frases, porque toda beleza que fica presa nos mata um pouco de desgosto. E disso eu bem sei...
3 comentários:
=)
...penso que a poesia é sempre mais dramática, pois as metáforas sempre ficam mais à mostra, as palavras buriladas em imagens muito mais agudas, menos pela pauperidade de formas do que pela urgência dos seus dizeres, assim aumentando o perigo de nos trairmos, já que penso que toda vez que a gente escreve se trai um pouco (e por isso entenda qualquer sentido de traição - descobri que, no final das contas, dá no mesmo). Interessante é que na tua poesia, assim como na tua prosa, que posso dizer que bem conheço, há essa beleza desnudada e meio maldita da flor, que desabrocha no esplendor de já saber que se morre, e que toda morte é melancólica - e necessariamente dramática: drama de vida, drama de escrita... Apenas o figo, invejoso por não ter sido flor, assim como a mariposa inveja a borboleta, brota pra dentro, e a beleza fica toda escondida como um câncer que nunca vem à tona, mas que apodrece do mesmo jeito. Desabroche, pois, em versos ou frases, porque toda beleza que fica presa nos mata um pouco de desgosto. E disso eu bem sei...
beijos,
do elmo
Núo, achei fodão, esse.
*_*
Lindão mesmo!
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