Acho que da explosão das coisas nascem mulheres-mortes. Sim, a morte é mulher e vôa de braços abertos ao som de "tum,tum,tum", feito explosão mesmo. "Tum" forte. E ela continua voando, monocromática, num céu que lembra o de Cubatão. Ela desliza e deixa coisas caindo dela e nessa vai ficando cada vez mais leve. Ela toca as nuvens. Ela espalha.
A morte agora é uma iraniana de véu e olhos penetrantes, ou, uma simples performer ressiginificando, junto a outras. Junto a outros verbos.
Fim da parte 1.
Uma carpa sorri em ideograma japonês e diz "Meu nome?(...) Meu nome é Shi Zhou." Ela para, pensa, hostiliza o ambiente e continua: " Num pequeno tanque, minha formação se deu num pequeno tanque. Nada incrível, mas uma coisinha assim ó...! Se colocada num lago, seria 3 vezes maior. Atingiria uns 21 centímetros,talvez. Sou altamente adaptável, mas não quero falar nisso. Saltarei uma cachoeira na época da desova,será meu grande feito."
Fim da parte 2.
"Olha! Não é uma bela imagem?!" Um vídeo do preparo de um prato de comida. Visto de cima. Apenas mãos cortando legumes, de preferência em tiras finas. Sem caras, só cores, processo e som. Um corte e uma nova imagem.Digna de novela, horário nobre. Um homem com cachinho na testa organiza os bois. Todos para o abate, ao som de jazz. Custarão 1,99 no MC Donald's. Shi Zhou ainda sorri
Fim da parte 3.
3 comentários:
Postado lá também:
http://manazinabre.blogspot.com/2010/10/triptico.html
de-mais!
vou ler mais umas vezes
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