quinta-feira, 31 de março de 2011

Viva!


Aos meus dois ou três leitores agradeço a não-deferência e incentivos, críticos ou apenas afetivos. Veja bem, não quero dizer com isso que o afeto seja menor. Só quis dizer o que disse e nada mais. Voltando... agradeço de verdade! Desde o início do mestrado só escrevo coisas que não consigo terminar e quando escrevo, vem de uma vez só, sem maturar, sem o tesão das insônias-de-meio-de-semana, aquelas em que se passa toda uma madrugada em claro para completar uma frase e viajar nas possibilidades textuais. Mestrado, doutorado e laiás acadêmicos sugam mesmo. Sim, foi escolha. Sim, estou feliz com isso, mas sugam e sugam e mais uma vez...ai. Não só o tempo das tardes, mas o mental. Gosto de mergulhos, esse tem sido um.
Ouço coisas lindas e algumas cobrancinhas de retorno mais contundente, mais dedicação à uma das únicas coisas que faço razoavelmente bem. Só hoje, só verdadeiramente hoje, tive aquele estalo de renovação, vontade de escrever. O tesão inicial das paixões. Só hoje, lendo o Diário Rosa de Lóri, da Hilda (Hilst). É maravilhoso e me sinto como a menininha da foto-eu, borrando a cara toda de baton da mãe para dançar quadrilha com o Juquinha da 301 e depois tentar frear o amor infantil no colo do meu pai, comendo salsichão, torrado.

Do desejo

Dunas e cabras. E minha alma voltada
Para o fosco profundo da Tua Cara.
Passeio meu caminho de pedra, leite e pelo.
Sou isto: um alguém nada que te busca.
Um casco. Um cheiro. Esvazia-me de perguntas.
De roteiro. Que eu apenas suba.

#Hilda Hilst

segunda-feira, 28 de março de 2011

O tempo das coisas e vice versa


É muita coisa! Dias felizes e cheios de coisas com breves pausas pra dançar e rodar até tontear e e brincar com a perenidade das situações-limite assim sem vírgula no gerúndio-sendo.
Textos novos nascem de uma outra forma de escrita, vindos de uma outra forma de Rachel. É o tempo de uma coisa.


#Esboço de um stencil nascido de um verso. Em parceria com Ana Muniz.