quarta-feira, 28 de abril de 2010

É nóis,ném.

A pesquisa e a seriedade de quem a realiza com afinco e presteza. Macunaímas visionários pré-pós-neo refletem sobre o peso da contemporaneidade e descansam depois do almoço.


Raphi(antropólogo,ator,diretor de teatro e performer) e sua pesquisa: "Uma investigação multi-disciplinar da estética do espaço público urbano, da sua relação com a prisão, e dos efeitos exercidos nos dois por projetos de reforma urbana. Com foco no Choque de Ordem, projeto atual de reestruturação no Rio de Janeiro, o estudo apresentará uma análise de estrutura e funcionamento social do espaço público urbano e da prisão. Terá como base prática o desenvolvimento de oficinas e performances colaborativas criadas com “não-atores”, participantes sem reconhecimento nem treinamento formal como artistas, mas que pretendem se expressar através de um trabalho artístico. Essas colaborações artísticas, realizadas tanto na rua quanto na prisão, darão acesso à expressão pública para presidiários e para os principais alvos das atuais reformas urbanas, como vendedores ambulantes. Através da mistura de diferentes metodologias, por exemplo a utilização de performance pública como meio de análise social, o projeto apresentará uma leitura alternativa da estrutura, história, e funcionamento da metrópole."

Pedro, o Victor (bailarino ou seria dançarino? e professor) e sua pesquisa: Na falta do resumo, digo que a coisa toda consiste no método de investigação em dança contemporânea criado por ele. O método das gavetas, inspirado numa imagem surrealista, que mistura dança e literatura. O repertório pessoal de cada candango estaria disposto nessas gavetas-acervo, usadas para motivar o(s) movimento(s)e sua fluência.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Salve!

Jorge sentou praça na cavalaria. Eu estou feliz porque também sou da sua companhia!

Amigos e amigos.

Ocupação-exposição.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Palavras soltas



"Moça, nem sei o que é isso, nem li. Me mandaram tirar."

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Parafraseando

"Não sei pra onde estou indo,
mas sei que estou no meu caminho."

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Do comentário ao texto

O comentário:
Olha,a mim parece um processo catártico. Parece que é você processando todos esses dias cheios de informações, o desastre, as amigas, a suspensão doida da rotina,a morte do conhecido desconhecido... A chuva como catarse. Tá bem íntimo, diferente do que usualmente escreve. Gostei dessa cara.
Pra terminar com uma confissão: Essa coisa toda que tem acontecido por aqui, no Rio, junto com umas questões minhas, me deixou bem triste, com uma sensação de não pertencimento, de desajuste, de falha. Acho que o caminho da sanidade deve ser esse mesmo, surtar, realocar uns troços e jogar fora uns outros. Um viva à quebra!
Beijo.

O texto:
http://heykpimenta.blogspot.com/2010/04/chuva.html

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O de sempre é diferente.

Hoje percebi um grão de milho, desses de pipoca, no chão do quarto. Embora pequeno, causava um desconforto infantil ao vê-lo ali, inerte e sem função. Passava em meus afazeres sem deixar de olhar e, por vezes, pisar. Como não me furtar à sua trajetória possível, às circunstâncias que o impuseram o destino, o acaso ou o grande sei-lá- o -quê a participar da minha vida? Quantas crianças o desejavam crescido e com manteiga? Quantos pubescentes insuportáveis amansariam a ansiedade latente afrontando-lhe as mandíbulas em flor no escuro de um cinema? Quantos? O vasto mundo das possibilidades e suas questões mais comezinhas. A vida pela vida. A falta de sentido absoluta e a abertura a interpretações mil.

Eu, arrebatada por um milho, já velho, no chão. Eu, desprezando a lógica do acaso e de análises combinatórias capazes de explicar o etéreo, me prendia à poética do nonsense, à poética da poesia por si só, à centelha do nascimento e morte das melhores intenções. Senti que não era capaz de tamanha doação, assim, a quem não se conhece. Senti a limitação trabalhada no medo e nódoas que o tempo nos oferta, senti que minhas defesas me faziam, àquele momento, pequena. Creio já ter sido melhor. Eu, tão intuitivamente versada em sílabas e amor incondicional. Eu, que só tenho a respiração.

terça-feira, 6 de abril de 2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cacofonias do ser só

Com as inflexões soltas e a reflexividade de um pronome modesto, cavalgava suas experiências no lombo de homens perdidos na carência. Uma cerveja aguada sabor groselha, duas, três, quatro... E um sábado escuro de lambidas na orelha. E as pretensões nervosas. E os dedinhos do pé estalando. E a noite brilhando. E as mentiras de fim-de-semana. E o prazo expirando na segunda. Ela sabia que uma revolução não é feita de meias. Ela tinha máximas que justificariam qualquer justificativa, discursava afetividades de ovo de boteco e emendava um jazz. Ela lá lá lá lira...! Prenome indefinido.