segunda-feira, 28 de julho de 2008

Realejo ArtesAndando

Povo:
Oficina "ARTE PÚBLICA: ações em rede" com o artista plástico Alexandre Vogler e crítica "ao vivo" com o artista hipermídia e Mestre em Linguagens Visuais, Luis Andrade.

Dias: 06, 13, 20, 27 e 28/08/08;
Horário: 18h às 21h;
Local: Sesc Tijuca. Rua Barão de Mesquita, 539. Tijuca. Quarta-feira - Sala de vídeo.
Grátis. Inscrições: 3238-2168 / 3238-2076 / tijuca.jovem@sescrio.org.br ou deixem recado aqui mesmo que inscrevo vocês! tijuca.geringonca@sescrio.org.br

Alexandre Vogler = http://www.alexandrevogler.com/



Beijomeliga!

sábado, 26 de julho de 2008

Não só, como também...


Um cheiro de conta não paga, um jeito de dívida, daquelas de mais de 15 dias de vencimento. Senti prazer em ser politicamente incorreta, tudo fazia o maior sentido, os buracos no teto, a sensação da facada no peito provocada por algo muito mais ferino que uma simples facada no peito, as risadas fora de hora, os orgasmos múltiplos, a puta triste à espera de coito remunerado, o Vasco levar mais um vice, o tesão pelo amigo gay, tudo, absolutamente tudo fazia o maior sentido. Quadrados, por que quadrados e não redondos?Por que assim se assado?Qual a dificuldade nisso além da própria dificuldade?Por que ser, se não foi e se fosse não teria sido?Por quê?Por quê?Por quê?Não há cura para o que não arde.

Deixa doer!Deixa sangrar!Quero veias abertas, arreganhadas, jorrando vermelho visceral. Quase esvaindo. Quase caindo. Quando mais alto melhor!Só se for agora!Tem coragem?Duvido!Então mostra! Tem pau pra mim?É, você, psiu... Tem pau pra mim?

Até saberia se o que soubesse não fosse tão velho e se as dúvidas não fossem tão certezas.

Toda forma de dor vale à pena. Pise pés cruéis em toda minha idiotice. Pise pisando, mesmo!Sem medos ou firulas, espalhando imbecilidade de modo que se forme uma grande bolha à minha volta e eu possa, então, respirar toda boçalidade que me é de direito.

Veneno doce, quero lamber!


*Tá no livro e, até que eu mude de idéia, é a 3ª e última coisa que posto dele por aqui.



quarta-feira, 23 de julho de 2008

Obrigada!

Salve! Salve! Obrigadíssima Sabina Anzuategui pelo convite, pela estadia, pelo papo, pela cerveja, pelo apoio e todo o resto! Obrigada Alain Fresnot por ter permitido tb minha estadia...rs e pela genial idéia do cavalo de madeira na sala!rs Obrigada Marcos da Mercearia São Pedro, meu novo amigo de infância e obrigada e obrigada...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Varrer o quarto e arrumar a cama

Tenho saído com a chinesa. Quando a fodo ela sussurra versos em cantonês e me morde a orelha deixando quase sempre, escorrer uma baba do canto da boca diminuta. Ela faz teatro. Ela gosta de batatas, as conheceu aos 20 anos e desde então, quando possível, não as dispensa. Desde as batatas passaram- se 5 anos. Ela gosta do Brasil, ainda que com protetor solar. Ela gosta do Brasil e de mim. Sempre me conta, em seu português sofrível, histórias do campo, das angústias vividas nas entressafras, das longas horas de trabalho pesado e das mãos ressecadas. Ressalta que por conta delas resolveu sair dali e estudar. Queria e merecia mãos melhores. Diante de seus causos pareço um repolho, um mimadinho desinteressante criado à Danoninho e Cheetos, um filho de vó sensível ao calor e a apartamentos não refrigerados.
Nossos universos distintos. As feiras aos domingos. Os tomates no chão ao fim da tarde e o cheiro de peixe. Ela e seus pés pequenos. Ela e seu rosto incrivelmente liso. Ela e suas reticências. Ela e seus livros. Hoje é na minha casa. Aviso. Ela pergunta o cardápio. Digo que isso não é comigo. Falo do disk pizza. Ela faz cara feia e promete fazer um prato típico. Insisto no disk pizza. Ela me xinga em mandarim e ameaça um misto de macarrão thai e won tong com farinha integral. Meu paladar provinciano não gosta, mas aceita. Penso em seu ventre e no filho que não vamos ter, em suas entranhas delicadas e úmidas, em seu gestual marcial e belo, em suas leituras dramatizadas e na preferência por Nelson Rodrigues. Ela pega as chaves do meu carro, me deixa nu em sua cama e diz voltar logo. A casa tem baratas enormes.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Fui comprar cigarros

Fui à praia e você não percebeu. A depilação com cera africana, a esfoliação, a pele hidratada, o novo corte de cabelo, a marca de biquíni cuidadosamente cultivada em horas infindáveis de exposição às radiações solares e cancerígenas... Nada, absolutamente nada adiantou. Fiz brigadeiro branco com creme de damasco e calda de avelã, que você adora e, sempre quando faço, come feito um porco. Limpei o azulejo do banheiro pra você nunca mais escorregar no banho, joguei as calcinhas velhas fora e comprei novas, alimentei o cachorro e molhei as plantas. O que mais você quer? Você não tem me notado e não me escuta mais. Preciso relaxar, preciso de outra vida! Preciso ver um filme do Jim Jarmusch. Não fumo, mas vou lá embaixo comprar cigarros. Talvez eu volte.



*Repetindo, a pedidos...

domingo, 13 de julho de 2008

Obrigada, Abdul!

Esse post é de agradecimento ao Caríssimo Abdul, que me ensinou como usar o tal Slide do picasa.rs

segunda-feira, 7 de julho de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Foi

Ex- amor,
Deixo-te filhos feios,
Um câncer
E promessas de compra e venda.
Deixo-te versos,
Pelos quais voam,
Pássaros mortos,
Batendo asas flácidas,
Planando vôos tranquilos.
Amor,
Deixo-te
Ex.