sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sobre Flores

Seu rosto me lembra a floração das camélias
Numa tarde desgostosa de primavera.
Sem sol de poente sob pétalas, só sombras e,sal.
Nebulosas pesando sobre a vida
Seu mais cruel colorido
Para morrer em segundos.
Sem choro e cheiro.

3 comentários:

sabina anzuategui disse...

=)

Elmo Thompson disse...

...penso que a poesia é sempre mais dramática, pois as metáforas sempre ficam mais à mostra, as palavras buriladas em imagens muito mais agudas, menos pela pauperidade de formas do que pela urgência dos seus dizeres, assim aumentando o perigo de nos trairmos, já que penso que toda vez que a gente escreve se trai um pouco (e por isso entenda qualquer sentido de traição - descobri que, no final das contas, dá no mesmo). Interessante é que na tua poesia, assim como na tua prosa, que posso dizer que bem conheço, há essa beleza desnudada e meio maldita da flor, que desabrocha no esplendor de já saber que se morre, e que toda morte é melancólica - e necessariamente dramática: drama de vida, drama de escrita... Apenas o figo, invejoso por não ter sido flor, assim como a mariposa inveja a borboleta, brota pra dentro, e a beleza fica toda escondida como um câncer que nunca vem à tona, mas que apodrece do mesmo jeito. Desabroche, pois, em versos ou frases, porque toda beleza que fica presa nos mata um pouco de desgosto. E disso eu bem sei...

beijos,

do elmo

Camila Lua Oliveira disse...

Núo, achei fodão, esse.

*_*

Lindão mesmo!