"Eu queria ser a figura decisória, a mulher que se aproveita do marido para se infiltrar como espiã independente no topo do serviço. Entretanto eu estava ali num papel abaixo do modesto, dando de mamar ao homem que persigo desde a puberdade, quem sabe já a partir da infância. Para onde iríamos agora? Quando partiríamos? Sim,sim, aquele que deveria ser um dos príncipes do tráfico na região sul do Brasil, mamava do meu peito e não parecia disposto a se apressar. Sua boca sugando meus mamilos dava-me a sensação de um fluido a sair de mim para me fazer gozar e contagiá-lo, sim. Era como se ejaculasse pelas mamas."
*de "Acenos e Afagos", do Noll.
4 comentários:
Caralho, que foda. Que personagem boa, Noll. Que sentimento forte esse; cresce até estourar o tempo. A ponto de criar mil faces - da mãe à esposa, um pavilhão enfileirado.
Aliás, pra falar a verdade, a mulher é a mulher; quem muda é o homem. Caramba, não consigo dizer quem é a personagem que suga os peitos da mulher. Não consigo dizer se é seu filho bebê, ou se é seu marido. Isso é que estende a personagem no infinito.
Se em "Acenos e Afagos" a coisa fica evidente na sequência (se há uma sequência), saiba que esse trecho é precioso quando mostrado em recorte.
Bom mesmo, Noll.
você viu "hotel atlantico", filme baseado em texto dele? é estranho, mas bacana.
Victor,
Selecionei esse trecho justamente pela dubiedade, além de ser forte e foda! Se ler o livro, verás que a história é bem outra...rs
Dá-lhe Rachel!
3 pontos pra você.
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