O fígado regurgitava cerveja e gordura, todo o corpo respondia a estímulos não feitos, exalava feromônios, tudo que tocava cheirava a sexo e morte, a velhinha atravessando a rua remetia-lhe a grunhidos e posições executadas no decúbito do amor, onde se despia de sua mortalha lavada, passada e engomada. Deixou de usar preto, passou a ser colorida, toda colorida! O dito-cujo aguardava lânguido sentado à mesinha do boteco enquanto suas tripas pareciam adquirir vida própria e o coração descer junto com a menstruação.
5 comentários:
Esta última frase é o que há!
Como sempre... tudo de bom...
bukowski would be pround,porém,nos dias de hoje,dizer isso seria até ofensa..,essas novas escritoras do Rio de Janeiro influênciadas no tio Buk me dão medo,rs
mas as coisas que você escreve sempre estão acima da média
are only words but i like it
Dá-lhe o feminino na poesia da menstruação! Só tenho que concordar com o(a) tata. Boa a narrativa de impressões, nesse tom poético.
Isso tá ótimo, Rachel.
A velhinha parecia legal, achei que poderia falar mais dela.
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