quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Demência farfalhante por altos muros de tijolo.

Lambeu seus peitos com dedicação messiânica e na devassidão das ausências, preencheu-lhe a alma e o corpo com o que em si, havia de melhor. Fluidos e mucosas febris e bem- intencionadas num prédio velho no centro da cidade. Escada de madeira gasta a ranger numa lufada de ar. Nhé,nhé.nhé. Ar diluído em tesão, cinismo e fumaça. A fluência dos movimentos ininterruptos e cadenciados. O cotidiano insípido e vociferante esvaindo-se na simplicidade dos gestos. Certeza insofismável de jogo irresoluto e cruel e um poema em prosa esquecido sob a mesa cheia de passado.

4 comentários:

Victor Meira disse...

Caaaaaaara... Não sei que parte do conto eu mais gosto - pra olhar o escrito como se fosse a dona dos peitos lambidos. Aliás, se for pra escolher mesmo, fico com o início sensacional... "Lambeu seus peitos com dedicação messiânica"... Isso é mais-que-lindo.

Olha, boa transa. Bom demais.

Isaac Frederico disse...

a fumaça, a foda, os prédios velhos e a loucura de sempre, em sendo o sempre a rachel e em sendo o sempre nunca exposto da mesma forma, senão da forma original de sempre e, putaquiopariu já me perdi nos sempres da frase ...

Ayloman disse...

Quando eu crescer ru quero escrever como vc!

Unknown disse...

Fiquei com tesão!