sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cacofonias do ser só

Com as inflexões soltas e a reflexividade de um pronome modesto, cavalgava suas experiências no lombo de homens perdidos na carência. Uma cerveja aguada sabor groselha, duas, três, quatro... E um sábado escuro de lambidas na orelha. E as pretensões nervosas. E os dedinhos do pé estalando. E a noite brilhando. E as mentiras de fim-de-semana. E o prazo expirando na segunda. Ela sabia que uma revolução não é feita de meias. Ela tinha máximas que justificariam qualquer justificativa, discursava afetividades de ovo de boteco e emendava um jazz. Ela lá lá lá lira...! Prenome indefinido.

5 comentários:

Gaja disse...

gostei, e achei diferente, parece uma nova subjetividade nos seus escritos, algo novo, será a groselha?
bj

Elmo disse...

Olha, se é a groselha também não sei rs, e sim que apenas um estalo, por mais insignificante que pareça, pode render um acontecimento. Não é o gatilho também um estalo?

beijos

Rachel Souza disse...

Ao que se deve não sei exatamente, mas esse estalo-gatilho tem percorrido todas as esquinas do meu humilde ser. Sou a mesma, só que outra! rs
E não sou lá chegada à groselha, prefiro um tapa na cara. É só poesia.
Beijos²

Rachel Souza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafael N. da silva souza disse...

Um dia qualquer,ha muito tempo atraz,ao ganhar o presente esperado
foi a janela e gritou com todas as suas forças;obrigado papai noel!!cortando a madrugada silenciosa.Em outro momento chorou,sentada em meu
colo,ouvindo Quitaro.Sao tantas faces...Tantos olhares...Tantos em
profusão,um vulcão jorrando,uma flor brotando....