segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A

Choro esvaziador do manancial das lamúrias inevitáveis.

Mulher solta entre ossos e músculos

Pele pendendo o veludo azul

Da mais profunda arritmia

Discurso velho e

blá, blá,blá...

Olhos bola de sangue

Nas órbitas afrouxadas

Carne rasgada na cara do tempo

E uma disfonia assintomática.

5 comentários:

Gaja disse...

"Mulher solta entre ossos e músculos", uma bela imagem, gostei muito. Nada suave?!
Sobre o Heyk, história longa (ao menos no tempo), te conto.
beijo

Anônimo disse...

Forte

Heyk disse...

QUando vem de poema fica assim: na média ousada e numa pieguice interessante. Fica num tom de lamúria gostoso de sentir.
E no mais, como poema, é super legal.
Cheio de palavra que encaixa e tal. Boas figuras e por aí vai. Pode fazer mais poema sim.

Caco Pontes disse...

porque a lástima que resta, não pode confortar os reles mortais (passionais?)
e agora começo a sacar seus versos, inusitados e saravá!

Victor Meira disse...

A confissão do choro do poeta tá ali, no blá-blá-blá. Choramingo poético blá-blá-blá. Mas que dá nó e se redime; retorna ao belo.

Engraçado isso.
Legal, rachel.