Piscou olhos borrados sobre o balcão, sinalizou uma bebida e vomitou uma poesia.
Trêmula, com a alma cambaleante e solta, devotou parcos minutos de atenção a um cabra desavisado. Beijou-lhe a face murcha e pediu que pagasse uma, duas, três, quatro, oito doses... “Tudo certo, tudo beleza!” Ele pensou. Ela bebeu. Alimentou cirroses engessadas, subiu um dedo da saia e fez cara de infeliz, apontou um caminho e seguiu. Ele, sem resistências prolongadas, aquiesceu. Pensou ter ganho a noite por umas doses de cachaça e euforicamente criança,agarrou-a pela cintura. Ela estava armada. Ele não sabia.
3 comentários:
texto forte.
Uma 'moça' de maquiagem borrada, batom vermelhão e unhas feitas. O cretino talvez nem tenha morrido.
toda vez que leio um texto seu sinto vontade de rir chorar,uivar,me esbofetear e sair cantando mundo afora.maravilhoso.
Postar um comentário