quarta-feira, 30 de abril de 2008

Noite


A noite me intimida, traz à tona meus medos mais obscuros. Tenho pavor de coisas que ainda não vivi, não sei até que ponto o novo renova. No fundo tudo se repete com uma roupa diferente e é ilusão achar o contrário. Algumas folhas secas caem das árvores retorcidas de vento e tempo, dois homens limpam a rua e eu, exatamente como sempre tenho feito, observo a casa que nunca terei.


Gravura de Oswaldo Goeldi.

3 comentários:

Heyk disse...

Vou voltar pra falar com calma, mas vi coisa boas em quesitos de linguagem. Outras normais de mais, mas que uso tbm e que muitas vezes dão mais liga do que os ditos inétidos. E tem alguma coisinha aí de denúncia do próprio umbigo que é interessante. Mas olho outras coisas e te digo com mais calma!

Bjocas, contista.

E viva a briga de foice.

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Como identifiquei, belo texto!!!

Felipe Malta disse...

Sabe lá... Vai que a casa também te gosta! Rs
Beijo