quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A tarde, como sobremesa

"O escritor é a mais solitária das pessoas. eu pensava nisso à saída do supermercado quando avistei uma mulher belíssima. Estava postada exatamente na entrada dos caixas, vestida de preto, o cabelo preso por uma fita, olhando calmamente para um ponto indefinido, como se nada estivesse acontecendo - apesar de lá fora, na rua, estarem passando carros, crianças, policiais e até os bombeiros com a sirene ligada. Nem isso chamou sua atenção ou pareceu perturbá-la. uma mulher com ar de quem é absolutamente íntima de incêndios."

"Trecho do conto "onze jantares" de Marçal Aquino.

Um comentário:

Márcio Palmeira disse...

Muito bom o Marçal.
Coloca o texto inteiro...RRSS!!